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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Tipos de Pente para Cabelo

Os pentes de cabelo existem em diferentes versões e materiais, suas funções vão desde pentear a auxiliar os barbeiros nos serviços rotineiros de um salão, como corte, coloração, separação de mechas, relaxamento e outros.

Material de fabricação dos pentes de cabelo:

Existem pentes de cabelo produzidos com diferentes materiais, os mais comuns são:

Os pentes fabricados de plástico: oferecem boa resistência.

Os pentes fabricados de silicone: esse tipo de material tem flexibilidade.

Os pentes fabricados de madeira: oferecem resistência ao calor, suportam até cerca 210 graus célsius e não derretem. Evite os pentes de madeira que possuam farpas.

Os pentes fabricados de plástico ionizado oferecem resistência ao calor e reduzem o frizz nos cabelos.

Os pentes de osso e chifre: oferecem resistência ao calor, evitam que os cabelos embaracem na hora de penteá-los.

Modelos de pentes de cabelo

Além dos materiais de fabricação dos pentes de cabelo, existem os modelos. Conheça os modelos e confira a função de cada um:

Pente fino de cabo longo


Utilizado para dividir as mechas, também na coloração, no relaxamento, na hidratação e no processo de enluvamento.

Pente para corte

Este tipo de pente possui dois tipos de espaçamento de dentes, uns mais unidos de um lado e outros mais separados de outro. Alguns desses pentes possuem a ponta diferenciada, para facilitar a divisão das mechas. O lado do pente em que os dentes são espaçados serve para que o profissional execute o corte em que é preciso pegar uma grande quantidade de fios, como os repicados, e o lado em que os dentes são unidos é para execução do corte mais precisos.

Pente largo

Possui dentes grandes e espaçados, é muito utilizado para pentear fios grossos, não muito crespos, esse tipo de dente consegue penetrar nos cabelos e desembaraçar a raiz. É indicada sua utilização após a higienização e condicionamento dos fios.

Pente fino com cabo longo de metal



para separação de mechas este modelo de pente serve para dividir mechas e também separar algumas mais finas, para descoloração e/ou coloração.

Pente garfo


Este modelo de pente é utilizado principalmente para desembaraçar e dar forma aos cabelos étnicos, solta os cachos e modela as madeixas.


Pente jacaré



Este modelo de pente auxilia o penteado de cabelos cacheados e crespos, os dentes desse modelo possuem formato de gota (excelentes para iniciantes executarem a técnica pente/tesoura), com alguns dentes retos na ponta do cabo, facilitam o desembaraço dos cabelos e a finalização de alguns penteados.

Os pentes de cabelo, dos modelos que citamos acima, são encontrados nas mais variadas marcas e preços, é ideal que o profissional adquira todos os modelos, para melhor execução de seus trabalhos.

A higienização diária dos pentes também é importante, retire os fios que ficam presos aos dentes e limpe-os com água e sabão neutro. Alguns pentes de cabelo requerem cuidados especiais, estes devem ser higienizados conforme instruções do fabricante, com o produto indicado para o tipo de material.

Tipos de Tesoura

Essa ferramenta do cabeleireiro é essencial na mudança porque ajuda a definir as madeixas e deixar os fios com o caimento ideal para seu tipo de fio e rosto. Utilizar a tesoura correta garante melhor acabamento e mais agilidade nos procedimentos

Tesoura Fio navalha



É a tesoura mais versátil, pois serve tanto para cortes retos, como repicados. Excelente para fazer acabamentos desfiados e conceder leveza aos cabelos. Como o próprio nome diz, são as mais afiadas, usadas para desfiar, fazer repicados nos cabelos e podem ter “potências” diferentes de acordo com a lâmina, desfiando de 10% a 30% ou 50% em outros modelos.

Tesoura Fio Laser



Proporciona cortes mais precisos. Não deve ser usada para desfiar os cabelos, pois ela repuxa os fios. A tesoura fio laser é para cortes de precisão, que precisam ficar impecáveis, como os cortes retos.

Tesoura Desbastadeira


Usada somente para finalizações de pontas ou mais próximas da raiz, em qualquer tipo de corte. A tesoura debaste tira o volume dos cabelos – desejo principal de muitas mulheres com madeixas crespas e cacheadas A tesoura dentada pode ser usada tanto por homens como por mulheres, vai depender da quantidade de ‘dentes’ da ferramenta. As tesouras com mais ‘dentes’ são aconselhadas para quem tem cabelos curtos porque distribuem melhor o corte e fazem aquele acabamento batido.

Os três tipos principais de tesoura podem ser usados em um mesmo corte, um para a estilização e outro para o acabamento, ou mesmo para áreas diferentes do cabelo, como uma franja reta com a extensão dos fios repicados. Além dessas variações, é possível encontrar também no mercado a tesoura térmica, que corta com uma lâmina aquecida entre 110°C e 150°C, o que sela as pontas das madeixas e promete manter o estilo por mais tempo. Outras têm modelos diferentes, como a versão com encaixe giratório para os dedos, o que facilita o manuseio durante o corte.


No Brasil colonial



No Brasil dos séculos XVI e XVII os barbeiros-cirurgiões, eram portugueses e espanhóis, cristãos-novos e meio-cristãos-novos que praticavam pequenas cirurgias, além de sangrar, sarjar, lancetar, aplicar bichas e ventosas e arrancar dentes, além de cortar o cabelo e a barba. Negros e mestiços também começaram a atuar a partir da metade do século XVII e enquanto os barbeiros escravos trabalhavam para os seus senhores, os livres amealhavam para sí mesmo os rendimentos de suas atividades e muitas vezes mantinham em treinamento escravos. Dentre seus instrumentos constavam navalha, pente, tesoura, lanceta, ventosa, sabão, pedra de amolar, bacia de cobre, escalpelo, boticão, escarificador, turquês e sanguessuga (Hirudo Medicinalis). Os mais humildes praticavam suas atividades na própria rua, enquanto os mais preparados tinham suas lojas nas ruas principais. As atividades dos barbeiros-cirurgiões perdurou até o século XIX.

Na História Moderna

Na história moderna, o cuidado com o cabelo e a barba continuou tendo grande importância entre os homens e para a sociedade. Com o avanço da tecnologia e modernização, o instrumento para barbear passou a ter mudanças. 

No final do século dezoito, o cutileiro e inventor francês  Jean-Jaqcques Perret desenvolveu a primeira navalha com segurança simplesmente ao colocar um pedaço de madeira esculpido à volta da lâmina. Perret não patenteou o invento e os subsequentes inventores melhoraram o instrumento.  





Em 1880, a ferramenta passou a ter o famoso for mato “T” com a invenção dos irmãos Kampfe. 



Com esse novo formato e uma bainha de metal acima da lâmina, os profundos cortes, que eram comuns acontecer com os outros apetrechos, foram evitados. 

Em 1895, o inventor americano King Camp Gilette deu início à criação das lâminas de barbear descartáveis. O projeto foi estudado e aprimorado ao longo de oito anos até que a venda dos primeiros 51 produtos foram comercializados. Tal novidade facilitou a rotina de manter a cara limpa e ficou popularmente conhecida até hoje como Gilette.



Com o aparecimento das lâminas descartáveis, os homens – por praticidade e economia – deixaram de frequentar as barbearias, o que levou à queda do número desses estabelecimentos, dando popularidade aos famosos salões de cabeleireiro voltados para o público feminino.



Os homens perderam espaço nos salões, tanto na profissão quanto na clientela, e, com a necessidade de resgatar um local para os intermináveis bate-papos sobre política, esporte e os mais diversos assuntos do interesse masculino, o ressurgimento das barbearias se deu no século 21.

A valorização e o resgate de um espaço específico para o público masculino são evidentes nas barbearias que estão em atividade e sendo inauguradas recentemente. Ainda podem-se encontrar as barbearias tradicionais, que preservam as peculiaridades dos estabelecimentos antigos, com poucos móveis, sem sofisticação e somente com o necessário para atender o seu cliente, mas com muito zelo e disposição por parte do profissional para servir seu cliente, que, muitas vezes, se torna seu amigo e confidente.

Já nas mais recentes inauguradas barbearias, um novo conceito está sendo adotado. Além do que se encontra na barbearia tradicional, os novos estabelecimentos contam com um espaço estilizado e idealizado para também entreter o seu público com jogos, bebidas, charutos e entre outros.

As barbearias voltaram com esse novo conceito, agora os homens têm de volta um espaço singular às suas necessidades, não só para manter o visual.

O Barbeiro Cirurgião


Até o século 18, os barbeiros também se especializaram em cirurgias e, então, eram chamados de barbeiros-cirurgiões. Esta era uma das profissões mais comuns na área médica durante a Idade Média, que eram geralmente incumbidos do tratamento de soldados durante ou após batalhas. Nesta época, cirurgias em geral não eram realizadas por médicos, mas por barbeiros, que também faziam pequenas cirurgias nos ferimentos dos camponeses e sangrias. Comumente, os babeiros-cirurgiões fixavam residência próxima a castelos, onde também forneciam serviços para os abastados.

Para prática de pequenas cirurgias, curativos e até extrações de dentes, eles utilizavam diversas ferramentas, como serras, sanguessugas e brocas. O barbeiro-cirurgião era considerado um profissional da área médica, porém não era reconhecido como um médico.

As barbearias onde era exercida a atividade de barbeiro-cirurgião abrigavam uma característica específica: postes estampados com listras brancas e vermelhas, tudo feito com bandagens sujas de sangue. Mais tarde, essa prática deu origem ao barberpole ou poste de barbeiro. 

O reconhecimento formal das habilidades do barbeiro-cirurgião (na Inglaterra, pelo menos) data de 1540, quando a Sociedade dos Cirurgiões se fundiu à Companhia dos Barbeiros para formar a Companhia dos Barbeiros-Cirurgiões. Note-se que, à época, tais profissionais não eram reconhecidos como médicos. Assim, sob pressão crescente da classe médica, em 1745 os cirurgiões se separaram dos barbeiros para formar a Companhia dos Cirurgiões. Em 1800, por intermédio de um Decreto Real, foi criada a Escola Real de Cirurgiões da Inglaterra. O último vestígio da tradição de barbeiros-cirurgiões com atuação médica é, provavelmente, o tradicional cilindro de barbeiro, que sinalizava o local de atuação desses profissionais. As cores do cilindro, costumeiramente em listras de branco e vermelho, representam respectivamente os curativos e o sangue próprios da profissão.


A atividade dos barbeiros-cirurgiões permaneceu ativa até por volta do século 19, período em que as mulheres já desempenhavam suas habilidades na profissão e também se tornaram clientes das barbearias. Com essa mudança de hábito, foi aberto espaço para o surgimento dos salões unissex.